
Um dos problemas básicos em qualquer organização é como induzir as pessoas a trabalhar.
No mundo contemporâneo não é uma tarefa fácil, visto que a maioria das pessoas obtêm poucas satisfação em seus empregos.
Nas grandes organizações, as pessoas devem trabalhar cumprindo ordens que podem não entender nem aprovar, e obedecer instruções de superiores que não ajudaram a escolher.
Poucos têm a oportunidade de realização pessoal, de auto-expressão, ou a liberdade de controle.
Como então se pode induzir pessoas que trabalham em condições tão maçantes, com tão pouca liberdade para tomar decisões, a serem produtivas?
A forma mais tradicional, e a que parece ser mais fácil de ser aplicada, é aquela que dá ênfase à autoridade.
Em sua forma nua e crua, este método induz a pessoa a trabalhar sob a ameaça de ser despedida se não o fizer.
Naturalmente, na base desta abordagem está a suposição de que ganhar dinheiro é a única razão que leva as pessoas ao trabalho e que, portanto, é necessário mantê-las sob a contínua ameaça da perda do emprego.
Esta abordagem supõe ainda que, como as pessoas não gostam de trabalhar (Teoria X , de Douglas MacGregor ), é necessária uma supervisão rígida.
A administração deve dizer, a cada trabalhador, exatamente o que ele deverá fazer a cada instante.
Freqüentemente são promulgadas regras apenas para mostrar "quem é o chefe aqui".
Mas quando sujeitos à demasiada pressão, as pessoas reagem. Quando podem, lutam através do sindicato. Quando não, engajam-se em trabalho mais vagaroso, em sabotagem, em uma guerra de nervos não declarada
Como não há incentivo para fazer mais do que o mínimo, a tentativa é fazer, impunemente, o menos possível, e fazer a administração parecer tôla.
Naturalmente a administração reage, decidindo que as pessoas devem ser vigiadas e punidas, para que produzam satisfatoriamente.
Esta abordagem funcionou bem durante muito tempo. Em anos recentes, porém, as pessoas têm começado a esperar de seus empregos, satisfações, em torno e através do trabalho.
Isto porque, nos últimos anos, assistimos uma revolução na maneira como as pessoas são educadas.
A liberdade e a auto-expressão são encorajadas em casa; as escolas dão ênfase à discussão e à expressão individual.
Em conseqüência, o jovem de hoje encontra dificuldade em aceitar a liderança autocrática, e o esquema prescritivo e policialesco de trabalho.
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